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2012 - Livro Vermelho 2013

Pradosia kuhlmannii Toledo EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 20-09-2011

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de distribuição restrita (EOO=1.308,09 km²) e de ocorrência em áreas de intensa ocupação humana, configurando um cenário de declínio na qualidade do hábitat, que também foi severamente fragmentado, impossibilitando o fluxo gênico entre as subpopulações conhecidas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Pradosia kuhlmannii Toledo;

Família: Sapotaceae

Sinônimos:

  • > Chrysophyllum kuhlmannii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Pradosia kuhlmannii é uma espécie distinta com folhas pequenas e pecíolos longos e finos, não-canalizados e pelas nervuras marginais broquidódromas, nervação terciária horizontal e pequenas flores axilares. As características da venação a distingue imediatamente de P. mutisii uma outra espécie que também possui flores pequenas. A espécie foi bastante confundida com P. lactescens uma espécie completamente diferente (Pennintnon, 1990).

Dados populacionais

Ocorre na Ilha de Mangaratiba (Carvalho, 2008); em um fragmento em Queimados (Rudge, 2008); Reserva Biológica da União, municípios de Rio Bonito, Silva Jardim e Casimiro de Abreu (Lima et al., 2007); Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu (Sobrinho, 2007); Reserva Biológica de Poço das Antas (Guedes-Bruni et al., 2006).

Distribuição

Endêmica do Estado do Rio de Janeiro (Carneiro; Almeida, 2010).

Ecologia

Árvore de até 20 m de altura, com casca de sabor adocicado (o que confere seu nome popular casca-doce). Possui flores esverdeadas (Penninton, 1990). Considerada Secundária tardia (Rudge, 2008).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade high
Detalhes A floresta Atlântica do Estado do Rio de Janeiro sofre diversos impactos por estar presente na segunda região mais habitada do país, devido a isso a vegetação sofre com a pressão urbana, poluição atmosférica, presença de fauna e flora não-nativa (Abreu; Rodrigues, 2010) e pela agricultura (Moreno et al., 2003). Dentre as ameaças passadas podem ser citadas a conversão das florestas nativas em cafezais e pastagens nos séculos 19 e 20, o uso crônico do fogo nas pastagens (ou por vandalismo), e a extração seletiva de árvores (Lima et al., 2007).

1.1 Agriculture
Severidade high
Detalhes agricultura (Moreno et al., 2003).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Severidade high
Detalhes fauna e flora não nativa (Abreu; Rodrigues, 2010)

6.1 Atmospheric pollution
Severidade high
Detalhes poluição atmosférica

1.4.2 Human settlement
Severidade very high
Detalhes pressão urbana

Ações de conservação

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista Vermelha da IUCN (O'Brien, 1998).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Reserva Biológica da União, municípios de Rio Bonito, Silva Jardim e Casimiro de Abreu (Lima et al., 2007); Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu (Sobrinho, 2007); Reserva Biológica de Poço das Antas (Guedes-Bruni et al., 2006).

Referências

- PENNINTON, T.D. Sapotaceae. New York: The New York Botanical Garden, 1990.

- CARNEIRO, C.E.; ALMEIDA JR., E.B. Sapotaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB024823>.

- ABREU, R.C.R.; RODRIGUES, P.J.F.P. Exotic tree Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invades the Brazilian Atlantic Rainforest. Rodriguésia, v. 61, n. 4, p. pp. 677-688, 2010.

- CARVALHO, D.C.D. Chave de identificação baseada em caracteres vegetativos para as espécies da floresta ombrófila densa submontana na Ilha de Marambaia, Mangaratiba, RJ. Monografia. Seropética, RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2008.

- RUDGE, A.D.C. Contribuição da chuva de sementes na recuperação de áreas e do uso de poleiros como técnica catalisadora da sucessão natural. Dissertação de mestrado. Seropédica, RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2008.

- SOBRINHO, F.A.P. Conhecimento etnobotânico de mateiros residentes no entorno de Unidades de Conservação no estado do Rio de Janeiro. DissertaçãO de Mestrado. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Botânica Tropical, 2007.

- LIMA, J.A.S.; VILLELA, D.M.; PÉREZ, D.V.; CALDERANO FILHO, B.; NASCIMENTO, M.T. Avaliação da biomassa radicular fina em fragmentos florestais da Planície Costeira Fluminense. Revista Brasileira de Biociências, v. 5, n. 1, p. Pp. 450-452, 2007.

- GUEDES-BRUNI, R. R.;SILVA NETO, S.J.; MORIM, M.P.; MANTOVANI, W. (Florística e estrutura de dossel em floresta sobre morrote mamelonar no Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 57, n. 3, p. pp. 429-442, 2006.

- MORENO, M. R.; NASCIMENTO, M. T.; KURTZ, B.C. Estrutura e composição florística do estrato arbóreo em duas zonas altitudinais na Mata Atlântica de encosta da região do Imbé, RJ. Acta bot. bras., v. 17, n. 3, p. pp. 371-386, 2003.

- SAMBUICHI, R.; HARIDASAN, M. Recovery of species richness and conservation of native Atlantic forest trees in the cacao plantations of southern Bahia in Brazil. Biodiversity and Conservation, v. 16, n. 13, p. pp. 3681-3701, 2007.

- O'BRIEN, P. J. Pradosia kuhlmannii in IUCN Red List of Threatened Species. Disponivel em: <http://www.iucnredlist.org/details/35924/0>. Acesso em: 20/08/2011.

Como citar

CNCFlora. Pradosia kuhlmannii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Pradosia kuhlmannii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 20/09/2011 - 18:06:06